#8 - Entrevista a Ricardo Pessoa


MD: Olá Ricardo, antes de mais, deixe-me agradecer ter aceite a nossa proposta para a entrevista!

RP: De nada, eu é que agradeço

MD: Começaste a tua carreira, no modesto Estrela Vendas Novas, o que te levou a entrar para o futebol?

RP: O que me levou a entrar foi a paixão que sempre tive pelo futebol, desde miúdo. E por volta dos 9 anos entrei no Estrela Vendas Novas, clube da minha terra, e que eu tanto orgulho tenho de ter representado. Estive três anos nas camadas jovens onde o meu pai era o nosso treinador, foram anos importantes, e claro que as lições que o meu pai me deu levaram-me a crescer e a tornar-me aquilo que sou hoje!

MD: Na questão anterior referis-te o importante papel do teu pai no teu mundo futebolístico, gostavas de lhe dar um agradecimento especial?

RP: Obviamente que sim, porque ele sempre foi uma pessoa que puxou por mim, que esteve e continua a estar do meu lado independentemente das decisões profissionais que todo, não só ele como a minha mãe, e agradeço-lhes todos os sacrifícios que fizeram por mim e também pelo meu irmão. Ensinou-me muita coisa quando era criança. Os meus pais têm muita importância naquilo que sou hoje como jogador mas também como ser humano. Estarei sempre agradecido a eles.

MD: No ano seguinte, assinas pelo Vitória de Setúbal, foi o teu grande salto para o futebol nacional, num ano em que sais do Estrela e entras numa equipa grande como o Setúbal, qual foi a sensação? Como te sentiste?

RP : Foi um grande salto, principalmente para um miúdo de 12 anos, é uma realidade completamente diferente em tudo desde os campos para treinar, a roupa, as bolas, tudo era diferente para melhor, obviamente que um clube como o Estrela nao podia nos dar isso. Eu fui para o Setúbal com o meu irmão que tambem lá jogava, e sentia que toda esta mudança, me fazia sentir jogador e que era aquilo que eu queria para o meu futuro.

MD: Estreaste-te nos séniores na equipa de Setúbal, onde quatro anos depois te transferes para o Portimonense, achas que foi a melhor opção? Se tivesses optado por ficar na equipa de Setúbal a tua história seria outra?  

RP: Cada dia tenho mais a certeza que tomei a decisão certa e em nada me arrependo, não quer dizer que não esteja agradecido ao Vitória, de todas as decisões que ja tomei e que irei tomar, esta é a que tenho certeza absoluta que foi a mais importante, não pela saíida do Vitória, mas por tudo o que o Portimonense representa para mim!

MD: És um dos jogadores portugueses mais fiáveis em lances de bola parada, qual é o segredo?

RP: Desde muito cedo que sempre gostei de treinar e aperfeiçoar essas qualidades, a juntar também um dom que nasceu comigo. É óbvio que continuei a treinar, e sabendo que hoje se resolve muitos jogos de bola parada, tento treinar cada vez mais porque sei que posso decidir e ajudar um colega a decidir. Acho que não há receita exacta é um pouco de tudo aquilo que referi!

MD: Para um defesa lateral foste somente expulso em uma ocasião até hoje. Dados bastante curiosos para um lateral com muitos anos de futebol, como consegues manter este feito?

RP: Curiosamente nessa expulsão até fui mal expulso, aliás, até posso contar o episódio. Acabei expulso sem fazer nada, um colega meu agrediu o adversário e eu que estava a uns cinco metros do lance acabei expulso. No fim, o árbitro veio ao balneário pedir-me desculpa, mas não me tiraram o castigo. Inclusivé, jogadores da equipa adversária, prontificaram-se para testemunharem a meu favor na liga, e nem assim me tiraram o castigo, enfim. Sempre fui respeitador com adversários e árbitros, faz parte da minha maneira de ser, da minha maneira de jogar, e é uma das coisas que mais me orgulho é deste registo, acho que é uma marca muito interessante, alías, acho que no futebol era importante existir mais respeito de todos e fair play.

MD: Para um lateral, tu marcas muitos golos, há alguma receita para ser um goleador defensivo?

RP: Muitos dos meus golos são de bola parada e digo-o sem qualquer problema, as bolas paradas são o que faz ser um defesa goleador, por isso eu disse à pouco que continuava a treinar bolas paradas porque pode ser decisivo, mas já fiz golos de bola corrida e isso acontece porque gosto de me incorporar no ataque e de tentar concretizar oportunidades que surjam.

MD: Qual a sensação de estares perto de chegar aos 400 jogos ao serviço do Portimonense?

RP: É uma sensação de grande satisfação, é ficar ligado à historia do clube, penso que é o culminar de muito trabalho de dedicação que tenho na defesa do meu clube e espero poder continuar a aumentar este número.

MD: Sempre foste muito leal ao teu clube, tens grande amor pelo Portimonense... de onde surgiu esse amor à equipa de Portimão?

RP: Claro que não era do Portimonense desde pequeno, e nem nunca me vão ouvir dizer isso, foi um sentimento que foi crescendo. Fui muito bem recebido desde o primeiro dia tanto no clube como na cidade de Portimão, esta é a minha casa e sempre será por muitos anos de cumplicidade. Apenas sai um ano visto que a situação assim o exigiu porque senão não tinha saído. O dinheiro é importante e poderia ter saído varias vezes mas a família, e o coração na hora de decidir, prevaleceu sempre o amor que tenho por este clube, o Portimonense é o meu vicio, vivo este clube intensamente. Foi o casamento perfeito. A minha família e o Portimonense são os meus dois amores. Já dei muito e continuarei a dar a este clube mas também jé recebi muito dele.

MD: Na altura do Vitória de Setúbal, antes de saíres para o Portimonense, se tivesses a proposta de um clube da Primeira Liga, assim que lutasse pelas competições europeias, qual escolherias? Portimonense ou o clube na luta pelas competições europeias?

RP: Tinha que pensar bem, na altura o Vitória ia jogar nas competições europeia, e aliás eu já tinha acordo com o Portimonense cerca de dois meses antes do fim da época, e já tinha dado a minha palavra ao treinador Diamantino Miranda e aos responsáveis do Portimonense, eu não sou de voltar atrás com a minha palavra, era algo nunca faria e nunca fiz, a minha palavra é muito importante para mim, independentemente de vir a perder algo que seja melhor para mim.

MD: O Portimonense esteve esta época muito perto de subir à Liga Nos, fez história na Taça da Liga ao chegar às meias-finais e contando com a Taça de Portugal, venceu quatro equipas da Primeira Liga (Sporting CP, Os Belenenses, Arouca e Paços de Ferreira). Que balanço fazes desta época?     

RP: Acho que foi uma época bastante boa, toda a gente falou do Portimonense como não se falava à décadas, claro que agora só fica na retina o último jogo que não deu a subida, mas quem anda no futebol sabe o quanto é difícil subir. Demos tudo ao longo de onze meses, mas depois desses últimos jogos, muitos dizem que não demos tudo, claro que é errado, mas isso a nós não nos interessa nada porque quem confia em nós e esteve conosco ao longo destes onze meses sabe bem, e refiro-me ao grupo, à SAD, a todas as pessoas que trabalham no clube e também os adeptos e sócios que tiveram sempre presentes desde o primeiro minuto e que não apareceram só quando estávamos prestes a subir.  Acho que estar a discutir duas competições até ao fim, sermos a primeira equipa da Segunda Liga a estar presente na meia final da taça da liga e quase subir ,é bom. Ótimo seria subir para podermos retribuir tudo o que a SAD fez por nós. Mas eu costumo dizer o que não nos mata torna-nos mais fortes, e é isso que podem esperar do Portimonense para a próxima época.

MD: Com a contratação de Vítor Oliveira (mestre das subidas) para o comando técnico do Portimonense, tens mais confiança que a próxima temporada vai ser a temporada em que vão conseguir a desejada subida de divisão?  

RP: Penso que o mister de facto, tem algo de especial nas subidas, mas só isso não chega, vamos ter que trabalhar muito para no fim podermos alcançar o nosso objectivo. Vai haver uma ajuda mútua, e claro que muita gente vai olhar para nós de maneira especial por termos o mister Vítor Oliveira a treinar-nos, e isso tem que nos tornar mais fortes, porque não vamos dar nada como garantido, muito menos ele, a certeza que tenho é que exigirá muito trabalho e compromisso, na qual vamos responder sempre positivo.

MD: Ao longo destes anos enfrentaste no "um para um" imensos jogadores quer na Primeira Liga quer na Segunda Liga. Qual foram os extremos mais dificeis de marcar até hoje?  

RP: Foram muitos, mas destaco João Vieira Pinto, Hulk, Gaitan, entre outros!

MD: Quando marcas um golo, qual é a primeira coisa que pensas? A quem dedicas o golo?

RP: Penso no meu filho, na minha família, e penso na alegria que sinto de marcar pelo meu clube e na alegria que dou a estas pessoas que referi, e claro aos portimonenses!

MD: Ricardo, a idade parece que não passa por ti. Podemos concluir que a tua retirada dos relvados ainda não 'paira' na tua cabeça?

RP: Não, ainda não paira, quero continuar a jogar, até porque me sinto muito bem, melhor que em anos anteriores. Mas uma coisa é certa quando achar que devo parar serei o primeiro a fazê-lo, não será necessário ninguém dizer-me quando devo parar, porque se não só me estaria a enganar a mim mesmo!

MD: Obrigado Ricardo, por esta grande entrevista, foi um prazer enorme poder tê-la realizado consigo, agradecer também à SAD do Portimonense e desejar-lhe sucesso para a próxima época.

RP: Foi um prazer falar com vocês e espero que tenham sucesso.



#7 - Entrevista a Jordan Santos


MD: Olá Jordan, antes demais, obrigado por ter aceite esta entrevista, é um prazer e uma honra poder fazer esta entrevista consigo!

JS: Obrigado eu pelo vosso convite.

MD : Quando eras pequeno, o teu sonho era ser jogador de futebol de praia?

JS: Muito cedo desde criança que tive o gosto por futebol seja qual fosse o futebol. Tudo o que envolvesse bola, eu gostava. Tinha o sonho de ser jogador de futebol de 11, mas com o passar do tempo ganhei gosto pelo futebol de praia,e consegui concretizar o meu sonho com o futebol de praia.

MD: Quando tiveste o teu primeiro contacto com a bola?

JS: Com os meus 6/7 anos aqui na equipa da minha terra, os Nazarenos.

MD: Tu começas-te a tua carreira de jogador em 2008, quando entras no Sport Lisboa e Marinha, uma equipa da Marinha Grande. O que te levou a entrar para o SL Marinha?

JS: Quando regressei do Boavista,não quis deixar de competir ao mais alto nível, na altura o SL Marinha aqui na zona, juntamente com o União de Leiria eram as equipas que estavam interessadas em mim na altura, e eu fui para o SL Marinha pois tinha lá já alguns amigos a jogar.

MD: Dois anos depois, assinas contrato com o Pataiense, uma modesta equipa de futebol de Alcobaça, e curiosamente largaste o futebol de praia para te dedicares ao futebol! Porquê?

JS: Quando assinei contrato com o Pataiense, eu continuei ligado ao futebol de praia, pois como não teria grandes competições de inverno em futebol de praia, para não estar parado, fui jogando futebol de onze, e assim estava preparado para quando tivesse competição de futebol de praia.


MD: No mesmo ano, assinas pelo Sporting Clube de Portugal em futebol de praia. Sabendo que o Sporting CP é uma das maiores potências europeias a nível de futebol de praia, como te sentiste?

JS: Fiquei muito feliz, na altura eu era muito novo, tinha apenas 18 anos e parecia que estava a viver um sonho, foi o início de algo bonito que estava para vir a acontecer.

MD: Em 2012, sais do Sporting e entras no Belenenses e em 2013, assinas pelo SC Braga. Qual foi a sensação? Em três anos mudaste três vezes de equipa, qual foi o motivo? Não gostavas das pessoas que encontravas?

JS: Fui sempre muito feliz em todos os clubes que joguei. Aliás nessas épocas fui sempre campeão . O que me fez mudar na altura foram os projectos que me foram propostos em termos financeiros.

MD: Ainda em 2013, começas a tua vida no Emirados Árabes Unidos, assinas pelo Al Ahli. O que te levou aceitar esta proposta?

JS: O facto de puder viver do futebol de praia foi a principal razão. Nos Emirados posso estar a competir o ano todo, treinando todos dias e jogando regularmente.

MD: Em 2014/2015 regressas a Portugal, mais uma vez para representar o Sporting CP, mas logo no ano seguinte regressas ao Al Ahli. Qual foi o motivo?

JS: Nos Emirados joga-se durante o Inverno, então quando acaba lá a liga, regresso para Portugal para jogar no verão, mas depois quando acaba o verão regresso ao Ah Ahli na qual o campeonato se desenrola no inverno!

MD: Na atual época representas o SC Braga. Qual foi a sensação de voltares a um clube que te é tão familiar quanto o Braga?

JS: Foi um pouco difícil deixar o Sporting este ano pois não me passava mesmo pela cabeça, tenho lá grandes amigos, como Rui Coimbra, o Duarte o Madjer e iria jogar com o meu irmão, mas surgiu uma proposta irrecusável do Braga onde também tenho bons amigos que não pude recusar.

MD: Em 2015, ganhas o campeonato de Mundo com a seleção Portuguesa de Futebol de Praia, qual foi a sensação? Deu mais prazer por ter sido ganha em casa?

JS: É o auge de um jogador de futebol ganhar um campeonato do Mundo e ainda por cima jogando em casa perante o nosso público, será inesquecível!

MD: Como é conviver com os melhores jogadores de futebol de praia?

JS: Não é difícil ser reintegrado no nosso grupo, somos uma família assim podemos dizer, é um orgulho fazer parte dela!

MD: Qual é o teu ídolo de futebol de praia do mundo?

JS: Desde miúdo que sempre admirei o Madjer. Foi sempre o expoente máximo do futebol praia português o que mais me conquistou. Mas tenho outros, um deles é o Belchior, entre outros!

MD: Quando marcas um golo, qual é a primeira coisa em que tu pensas? Alguma pessoa em especial?

JS: Quando fazes um golo principalmente em jogos importantes é um misto de boas emoções, mas penso muito no meu filho, que é a minha inspiração sem dúvida.

MD: Em nome da Mais Desporto, queriamos felicitá-lo, desejar-lhe o maior sucesso do mundo e agradecer-lhe por ter aceite a nossa entrevista! Obrigado Jordan!

JS: Obrigado eu amigos. Grande abraço!

#6 - Entrevista a Beatriz Carneiro



Amante de desporto, pratica ginástica acrobática no Acro Clube Da Maia, praticou natação e voleibol ( cujo seu pai é professor ), tem 15 anos, e recentemente foi representar Portugal no Mundial de ginástica acrobática, caros leitores, estamos a falar de uma jovem muito medalhada, uma jovem que tem como nome, Beatriz Carneiro.

MD : Olá Beatriz, antes de mais, em nome da Mais Desporto, queremos agradecer-te por teres aceite a nossa entrevista!

B : De nada o prazer é todo meu!

MD: Beatriz, conta-nos, de onde surgiu a ideia de praticares Ginástica Acrobática?

B: Desde sempre gostei muito de fazer ginástica, nunca parava quieta sempre a fazer pinos, cambalhotas, rodas até que aos 10 anos não deu para deixar mais isto de parte e entrei para a ginástica.

MD: Que influência tiveram os teus pais para tu escolheres ginástica acrobática como modalidade?

B: Nenhuma. Eles no início não gostaram muito da ideia, sabiam que era muito duro e que talvez fosse demais para mim, mas não, contudo, penso que eles gostam disto,pois agora eles veem que sou feliz assim!

MD: Se não tivesses optado por fazer ginástica acrobática qual era o desporto que escolhias?

B: A resposta é bem fácil de responder, voleibol, pois antes de entrar para a ginástica já andava no vólei, desde os 3 anos. O voleibol é muito importante para mim, as pessoas, a equipa, o clube, apesar de agora já não passar tanto tempo com eles são a minha 2ª família!

MD: Onde praticas ginástica acrobática?

B: Eu pratico ginástica desde que comecei no Acro Clube Da Maia (ACM).

MD: Quanto tempo dedicas à prática de ginástica acrobática por dia?

B: Por dia eu pratico perto dentro de quatro a cinco horas, nas férias, tenho treinos bi-diários.

MD: Quais são os teus resultados a nível nacional?

B: Este ano ainda não tive o campeonato nacional mas em todas as provas que competi fui primeira classificada. Nos primeiros anos no escalão abaixo (iniciados) fui terceira classificada na categoria de trios e campeã nacional na de pares femininos. No ano passado, já no escalão que compito agora, fiquei em 3º lugar no nacional em trio. Em todos os anos fui campeã nacional por equipas.

MD: Recentemente foste ao Mundial de Ginástica Acrobática que decorreu em Putian, na China. Qual foi a sensação?

B: Foi ótimo ter lá estado. Saber que vamos a um mundial representar a nossa seleção é sem dúvida um orgulho. Foi uma experiência fantástica, com apenas 5 meses de treinos conseguimos chegar onde chegámos, ficámos mesmo muito contentes não só por temos alcançado o nosso objetivo mas também porque já lá estávamos!

MD: No Mundial de Putian, concorreste em par/grupo ou a solo?

B: Na acrobática é sempre em grupo! Faço par feminino com a Bruna Gonçalves!
A Bruna é uma excelente atleta! Foi Campeã Nacional no ano passado em trio de Iniciados. Fazemos uma excelente dupla.

MD: Em termo de financiamento, como obtiveste fundos monetários suficientes para a deslocação à China? Tiveste apoio monetário da Federação Portuguesa do Desporto?

B: Os meus pais pagaram metade e o clube (ACM) e a Câmara Municipal da Maia a outra

MD: Tiveste apoio monetário da Federação Portuguesa de Ginástica?

B: Não, a federação apenas dá apoio aos seniores por razões financeiras.

MD: Depois do Mundial, o que se segue?

B: Agora vamos ter o nacional, depois a taça de Portugal. A partir daí vamos começar a pensar nos apuramentos para o próximo europeu que se irá realizar em outubro de 2017, na Polónia.

MD: Recentemente apareceste em vários programas de televisão, apareceste no Grandes Manhãs do Porto Canal,  na Praça da Alegria da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), mas o teu ponto alto, foi receberes uma carta do professor Marcelo Rebelo de Sousa a felicitar-te pela tua belíssima prestação, ainda que a pares. Qual foi a sensação?

B: É bom ver que as pessoas tomam consideração por aquilo que nós fazemos e que nos recebam de braços abertos para tudo! Estas últimas semanas têm sido uma experiência incrível!

MD: Ainda relacionado aos mídia, Jorge Gabriel, apresentador da "Praça da Alegria", diz o seguinte: "Espero sinceramente que o panorama desportivo mude rapidamente em termos de distribuição dos apoios. Porque o desporto não é só futebol!" Concordas ?

B: Sim acho, a meu ver todos merecemos ter apoios não só por representarmos de uma forma encantadora o nosso país mas também porque merecemos devido a todo o nosso trabalho e dedicação que pomos nas coisas!

MD: Beatriz, tens algum conselho que queiras dar às crianças/adolescentes que queiram começar carreira na ginástica acrobática?

B: Acho que se tiverem dúvidas que experimentem, que sigam os seus sonhos, quem sabe, talvez possam vir a ser campeões do mundo!

MD: Obrigado Beatriz, pela humildade com que respondeste a todas as perguntas, agradecer também ao teu pai por ter contactado com a Mais Desporto!

B: Obrigada eu pela entrevista!

#5 - Entrevista a Sandro Costa



MD : Olá Sandro, antes demais, obrigado por ter aceite esta entrevista, é um prazer e uma honra poder fazer esta entrevista consigo!

S : Boa tarde! O prazer é todo meu em estar a responder a esta entrevista.

Vamos começar pela tua carreira, quando e como é que começaste a jogar futebol?

S : Comecei ainda miúdo. Tinha cerca de 8 anos quando entrei para o meu primeiro clube - curiosamente, o Gil Vicente. Mas, desde cedo, o “cheirinho” pela bola já se fazia sentir.

MD : Tendo tu 20 anos ,ainda és muito novo e tens ( por enquanto ) um currículo pequeno, começaste nas escolinhas do Gil Vicente na época de 2007/2008, curiosamente, 8 anos depois voltas a “casa”. Sandro, como entraste no Gil Vicente?

S : Fui para o Gil Vicente porque um primo meu também lá andava. Então, pedi ao meu pai para me inscrever, e assim aconteceu.

MD : Depois do Gil Vicente, segue-se o Braga, ainda que para jogar nos Juniores, mas tinha sido um salto grande! Relembras-te deste momento? Como foi saber que tinhas oferta do SC Braga?

S : Fui para o Braga na época de Iniciados de Segundo ano. Recebi a proposta com muita satisfação pois era o reconhecimento do meu trabalho e sentia que ali tinha uma oportunidade para evoluir e crescer enquanto jogador.

MD : Curiosamente , estás a cinco anos ao serviço do SC Braga mas o teu primeiro jogo a jogador “sénior” ocorre quando defendes as cores do Vilaverdense , estreaste a sénior a 24 de Agosto de 2014 frente ao Mirandela em casa , mas nesse jogo perdeste 2-0 mas jogaste os 90 minutos ! Lembras-te deste momento ? Como te sentiste ?

S : Sim, lembro. É um momento que dificilmente esquecerei uma vez que foi o meu primeiro jogo como sénior! Senti-me francamente bem. Tinha a confiança de todos e, acima de tudo, confiava em mim mesmo. O único senão foi mesmo o resultado…

MD : Tal como já aqui foi referido , sais do Vilaverdense onde fazes uma época excelente e voltas a “casa” ou seja voltas para o Gil Vicente já na presente época! Até ao momento já disputaste 29 partidas ! No último jogo o Gil Vicente defrontou o Guimarães B, e ganhou, aproximando-se assim de uma possível subida de escalão! Apesar de o Gil Vicente estar em 7º lugar a sete pontos do primeiro classificado , achas que o Gil Vicente vai regressar à Liga NOS ? Sabendo que as equipas “B” não podem subir estás a 5 pontos

S : No futebol não se faz de “ses”, mas antes de certezas… Acredito que temos valor para isso mas o importante será sempre vencer o jogo seguinte. Cada jogo será uma final daqui para a frente. Somente no fim faremos as contas.

MD : Caso o Gil Vicente não suba , ponderas transferir-te para um clube da primeira divisão ?

S :  Não sei, ninguém sabe o futuro… No presente estou no Gil Vicente e sinto-me muito bem, por isso não penso nisso. Estou totalmente focado em ajudar o Gil Vicente.

MD : Gostavas de jogar no estrangeiro ?

S : Claro, como qualquer jogador tenho as minhas ambições.  Onde? Não sei, mas num clube em que me sinta realmente bem, onde sinta que o meu trabalho continua a ser valorizado e que, no fim de contas, me consiga aperceber que todo o esforço que dediquei ao longo dos anos compensou.  

MD : Qual é a posição em que te sentes mais confortável ?

S : A minha posição é defesa central, sempre foi… Fiz alguns jogos como lateral direito ou, até mesmo, lateral esquerdo; mas onde me sinto bem e onde sou mais forte é mesmo a central.

MD : Sandro , em nome da Mais Desporto , agradecer-lhe , pela gentileza e humildade a que respondeu a todas a perguntas !

S : Ora essa o prazer foi todo meu !

#4 - Entrevista a Léo Martins [ Fut. Praia ]


Joga no Sporting Clube de Braga, é avançado, é internacional português, tem dupla nacionalidade (portuguesa e brasileira) e ajudou a nossa seleção de futebol de praia na conquista do Campeonato do Mundo e da Liga Europeia da modalidade em 2015! Ele é Léo Martins ! 

MD : Olá Léo Martins, antes demais, obrigado por ter aceite esta entrevista, é um prazer e uma honra poder fazer esta entrevista consigo!


L : Que nada amigos, eu que agradeço!


MD : Quando eras pequeno, o teu sonho era ser jogador de futebol de praia?


L : Para ser sincero não, eu comecei no futsal, mais tarde passei pelo futebol e depois através de um convite de amigos comecei a jogar futebol de praia, gostei muito da modalidade e já lá vão 5 anos !!


MD : Léo, o teu primeiro contacto com a bola foi aos 7 anos nas escolhinhas do Éder Aleixo em Belo Horizonte ( Brasil ), mas foi no Olympico um tradicional clube de Belo Horizonte que ganhaste destaque. Como viveste essa experiência?


L : Foi minha primeira experiência em competições importantes, e logo aos 7 anos, estas competições foram fundamentais para aumentar a paixão ainda mais pelo futebol!


MD : Tu que jogaste com o teu irmão, ao longo da tua carreira, como surgiu a ideia de jogarem ambos futebol de praia?


L : A ideia foi através de um convite de uns amigos a nós os dois, começámos e na maioria das vezes atuámos pelo mesmo clube!


MD : Léo , tu e o teu irmão, ambos jogaram na  “Cidade Maravilhosa" os dois tentaram a sorte no futebol de 11, até que em 2009 surgiu a oportunidade de jogar fora do país. Para isso, vocês tiveram que passar pela naturalização. Como foi esse processo?


L : O nosso bisavô é portugues, quando um empresário descobriu que tinhamos esse parentesco ajudou-nos com o processo da naturalização, que nos facilitaria nossa estadia na europa por mais tempo, acabou quando ficamos lá por 3 anos !


MD : Em 2012, regressaste ao Brasil, onde passaste a jogar futebol de praia. O que te levou a deixar o futebol para ires jogar futebol de praia?


L : A dificuldade em encontrar clubes no Brasil é alta, foi quando veio o convite para jogarmos futebol de praia e logo começámos a jogar e as coisas aconteceram muito rápido!


MD : Quando regressaram ao Brasil, tiveste que te separar do teu irmão para disputar o Mundial de Clubes, tu representaste o Flamengo e o teu irmão o Botafogo. Como viveram esse momento, sabendo que tinhas o teu irmão como adversário?


L : Foi a primeira vez que nos enfrentámos, uma sensação estranha, prefiro tê-lo do meu lado !


MD : Tu que saíste do Flamengo no ano passado, com o teu irmão, para representar o Sporting Clube de Braga, clube esse onde ambos foram campeões nacionais numa final ganha no último segundo do prolongamento frente ao Sporting Clube de Portugal, qual foi a sensação de ganhares o teu primeiro troféu de futebol de praia em Portugal?
L : Foi especial, foi o nosso primeiro ano no Braga a jogar no campeonato nacional, e ganho do jeito que foi, foi maravilhoso!


MD : Qual o motivo da escolha da seleção portuguesa quando tu e o teu irmão podiam estar a jogar pela seleção brasileira?


L : Escolhemos representar Portugal porque queríamos representar uma grande seleção da europa e também pela organização, estando assim mais perto do mercado europeu!


MD : A tua primeira internacionalização pela Seleção das Quinas, ocorreu o ano passado no Mundial de Futebol de Praia em Espinho, que Portugal venceu pela primeira vez! Qual foi a sensação de teres ganho o Campeonato do Mundo pelo nosso país logo no teu ano de estreia? Consideras que tenha sido a tua melhor época?


L : Claro ! Essa época foi inesquecível, não podia ter sido melhor... O sentimento é de gratidão a todos, da familia que somos na seleção e todos a todos os portugueses!!


MD : Tu que marcaste o teu primeiro golo com a camisola de Portugal frente ao Senegal no Mundial. Lembras-te deste momento?


L : Lembro- me de cada detalhe desse golo, desde de quando a bola saiu da mão do Elinton, a quando chega no pé esquerdo infalível do Alan e para finalizar a minha cabeçada para o golo !


MD : Vamos agora centrar-nos nas perguntas dos nossos leitores , Fernando Giesteira pergunta "Pensas regressar ao Brasil para jogar futebol de praia e qual o clube que gostaria de jogar?"


L : Sempre que posso, vou para o Brasil e gostaria de voltar a jogar no Flamengo !


MD : Rafael Almeida pergunta "Achas que o Futebol de Praia tem sido uma modalidade cada vez mais praticada em Portugal?"


L : Sim, penso que tem crescido, e esperamos que cresça ainda mais depois dessas grandes conquistas que tivemos ano passado, com isso a modalidade tem sido cada vez mais vista!


MD : Léo, em nome da Mais Desporto , agradecer-lhe , pela gentileza e humildade a que respondeu a todas a perguntas!


L : De nada amigos, eu é que agradeço pelo convite!!! Grande abraço e sucesso!!!


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